Os investigadores concluíram assim que apesar de cães e gatos poderem apresentar exames moleculares positivos para o novo coronavírus SARS-CoV-2, estes não têm sinais clínicos da doença da COVID-19, conforma explica um artigo publicado no jornal Metro World News.
Segundo o médico veterinário Marconi Rodrigues de Farias, professor da Escola de Ciências da Vida da PUC-PR e um dos co-autores da pesquisa, foram avaliados 55 animais, nomeadamente 45 cães e dez gatos.
No decorrer da experiência, os animais foram divididos em dois grupos: sendo que uns haviam estado em contacto com pessoas com diagnóstico positivo de COVID-19 e outros com indivíduos que não haviam sido infectados.
Os investigadores realizaram testes PCR, ou seja, testes moleculares, com base no material genético do vírus (RNA) em amostras colectadas por swab da nasofaringe dos animais e em amostras de sangue.
"Eles contraíram o vírus, mas este não se replica nos cães e gatos. Eles não conseguem transmiti-lo", disse Farias.
De acordo com o especialista, a hipótese de cães e gatos transmitirem a doença é bastante diminuta.
Adicionalmente, o estudo determinou que cerca de 90% dos animais, mesmo tendo contacto com pessoas doentes com COVID-19, não tinha o vírus nas vias aéreas.