Actualização após actualização, menos peso, mais potência. Assim, optimização do algarismo que diferencia os desportivos de elite dos demais automóveis: o da relação peso/potência: No início da carreira, 700 cv. Em 2015, introdução do SuperVeloce, de 750 cv. Em 2016, modernização da espécie, com o S de 740 cv. Agora, recuperação do sufixo «J» estreado no Miura, o precursor dos superdesportivos contemporâneos.
O motor é o V12 6.5 dos outros Aventador, mas optimizado para progressos na potência (entre as mudanças, colector de admissão novo, produzido em titânio). Assim, 770 cv às 8500 rpm, contra 740 cv no S ou 750 cv no SV, nos dois casos às 8400 rpm. E, aqui, corte da injecção apenas às 8700 rpm e não às 8500 rpm. O programa não ignorou a ordem de menos consumos e gases de escape, mas trata-se de superdesportivo especial.
O aumento do rendimento impôs intervenção na tração integral, com a 4.ª geração do sistema Haldex – agora, até mais 3% de binário nas rodas posteriores, na comparação com o SV, em benefício da dinâmica na condução, mais desportiva. No SVJ, interacção com o sistema ALA 2.0, tecnologia estreada no Huracán Performante! Cada vez mais, aerodinâmica e peso mais determinantes do que a potência pura e dura no comportamento e nas performances dos superdesportivos.
Na concepção do desenho do SVJ, diferente do Aventador (o primeiro é de Perini, o segundo de Mitja Borkert, também o autor do S), aumento da carga aerodinâmica como prioridade… No frente a frente com o SV de 2015, o automóvel de referência, as forças descendentes nos dois eixos aumentaram 40% e o coeficiente de penetração no ar diminuiu 1%. Para consegui-lo, intervenção técnica quase tão demorada como habilidosa, com adopção de duas mãos-cheias de soluções específicas: por exemplo, a lista de novidades compreende até aumento na largura das vias (6,2 cm), comparando com o S ou o SV.
O SVJ é explosivo nas acelerações e nas recuperações, devido ao fôlego inesgotável do 12 cilindros atmosférico, motor que mais e melhor representa o ADN da marca criada em 1963, em Sant’Agata Bolognese. 0-100 km/h em 2,8 s, 0-200 km/h em 8,6 s, 0-300 km/h em 24 s e os mais de 350 km/h são números do outro Mundo que encontramos, também, na versão S com 740 cv de 2017. É nos circuitos que o superdesportivo sobressai, ganhando vantagem ao automóvel em que é baseado.