A Birmânia libertou hoje mais de 20 presos políticos, antes da partida para os Estados Unidos do presidente Thein Sein, que se deve reunir com Barack Obama na segunda-feira, indicou a presidência birmanesa.
A amnistia foi anunciada nas páginas das redes sociais Facebook e Twitter de Zaw Htay, porta-voz da presidência e chefe de gabinete de Thein Sein, afirmando que esta medida integrava o "processo político" de reformas em curso no país, nos últimos dois anos.
"O Presidente birmanês não usa os presos políticos como uma ferramenta", acrescentou, negando que a medida esteja diretamente ligada à viagem presidencial.
"A revisão [da situação] dos presos políticos é um processo em curso (...). A última decisão faz parte", disse.
Centenas de presos políticos birmaneses foram libertados em várias fases no último ano e meio.
Na segunda-feira, o chefe de Estado vai ser o primeiro dirigente birmanês a visitar oficialmente Washington desde o encontro entre Ne Win e Lyndon Johnson, em 1966.
Depois da visita de Obama a Rangum em novembro e o levantamento de algumas sanções, Thein Sein concretiza assim a renovação das relações bilaterais.
O grupo político Geração 88 confirmou à agência noticiosa francesa AFP ter sido informado da libertação de 23 presos de consciência.