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Num país onde coexiste uma taxa de 23% de desemprego jovem com empresas que se queixam da falta de mão-de-obra, a aposta na formação profissional e na sua valorização abre uma conversa com Eurico Monteiro. Da emigração ao empreendedorismo – sobre o qual aponta dados que mostram que "a política está a funcionar" –, passando pela atracção de investimento, o ministro traça um retrato dos principais desafios e estratégias das suas duas tutelas. Na sua visão, a procura de investimento não deve assentar apenas na imagem "macro" do país, mas na segmentação da informação para sectores específicos, celeridade de resposta aos projectos e na remoção de entraves burocráticos e estrangulamentos que dificultam o investimento. Mostra-se ainda confiante de que Cabo Verde conseguirá uma posição muito melhor no próximo ranking B-Ready, o ranking do Banco Mundial que vem substituir o descontinuado Doing Business, graças a estas “pequenas coisas que podem fazer uma grande diferença”.
Também em destaque está a manifestação sobre a segurança em São Vicente.
A manifestação realizada neste fim de semana em São Vicente, centrada na questão da segurança, representa mais uma tentativa da sociedade civil de chamar a atenção das autoridades para uma realidade que, segundo os promotores da iniciativa, vai muito além da criminalidade visível. Ainda não houve uma reacção formal das autoridades à manifestação, mas os organizadores mantêm-se optimistas de que os poderes públicos irão reagir à situação que afecta a ilha. De acordo com os organizadores, o problema é, acima de tudo, de impunidade e de desajustamento das leis face aos tempos actuais.
Na Política destaque para os resultados finais das eleições para a presidência do PAICV e para a marcação da data do 18º Congresso do partido.
Francisco Carvalho venceu com 61,17% dos votos e o Congresso vai realizar-se nos dias 27,28 e 29 de Junho.
Chamada de capa, igualmente para o financiamento dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento.
Dois projectos-piloto, dois arquipélagos – um do lado de cá do continente, no Atlântico, outro do lado de lá, no Índico. Cabo Verde e Comores são considerados modelos a seguir por outros países africanos na construção de economias resilientes ao clima, inclusivas e sustentáveis. No entanto, nem tudo está bem, como alerta a UNECA.
Na Cultura o destaque vai para o lançamento de ‘Cabo Verde na Encruzilhada da Independência: Memórias de um Tempo Conturbado’.
O livro, escrito por José Tomaz Veiga, é uma obra memorialística que aborda o período turbulento de oito meses que se seguiu entre Abril e Dezembro de 1974, após o golpe de Estado em Portugal, e foi crucial para a independência de Cabo Verde que no mês de Julho completa 50 anos. José Tomaz Veiga é autor dos livros: A 'Democracia' Nacional Revolucionária – O Projecto Totalitário do PAIGC/PAICV, Cabo Verde 1975-1990, lançado em 2021, e "Política & Economia - Cabo Verde 2001-2015: Contribuição para Jornais e Artigos de Opinião", lançado em 2024. Como escreve no livro e explica nesta entrevista ao Expresso das Ilhas, “esse período tumultuoso foi decisivo para a ascensão de Cabo Verde à independência, e a forma como se desenrolou teve um papel fundamental na definição dos contornos do regime que emergiu no pós-independência”. A apresentação da obra acontece esta quinta-feira, pelas 17:00, na Biblioteca Nacional, e estará a cargo de Jacinto Santos com um momento musical por Amílcar Baptista.
Para ler, ainda, os artigos de opinião ‘Orgulho Cabo-verdiano — Um povo maior que as suas ilhas’, escrito por Paulo Veiga e ‘Repensar a Educação. Ensino Privado: A Reinvenção Necessária’.
