Pelo menos 126 dirigentes e militantes da CASA-CE ainda estão detidos em Luanda

PorExpresso das Ilhas,23 nov 2013 20:57

Pelo menos 126 dirigentes nacionais e militantes de base da coligação eleitoral Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE) continuam detidos em várias esquadras de Luanda, disse hoje à Lusa um dos vice-presidentes do partido.

Lindo Bernardo Tito salientou que entre os detidos se encontra Américo Chivukuvuku, irmão de Abel, líder do partido e motivo da confusão gerada no seio daquele que é o segundo maior partido da oposição em Angola, ao indicar previamente que tinha sido este a ser detido pela polícia durante a madrugada.

As detenções ocorreram quando várias brigadas formadas por dirigentes e militantes da CASA-CE se espalharam pela cidade para colar cartazes a denunciar o rapto e homicídio, há cerca de ano e meio, dos ex-militares Alves Kamulingue e Isaías Cassule.

Entre os incidentes registado então, e conforme disse Abel Chivukuvuku à Lusa, o dirigente Wilbert Ganga, da Juventude Patriótica, ala juvenil do partido, foi morto por efectivos da Unidade de Guarda Presidencial.

 

Lindo Bernardo Tito acrescentou à Lusa que além de Américo Chivukuvuku, membro do Secretariado Executivo Nacional com a pasta da mobilização, foi detido outro dirigente nacional: Xavier Jaime, também membro daquele órgão em que tem a direcção do Gabinete Técnico.

O número exacto de detidos ainda não está contabilizado em virtude de representantes da direcção da CASA-CE estarem a percorrer uma a uma as diversas esquadras de Luanda.

"No total, saíram 180 militantes e dirigentes para a colagem dos cartazes e, até agora, apenas confirmamos a manutenção em liberdade de 30%. Os outros estão espalhados por várias esquadras", salientou Bernardo Tito.

Aquele dirigente da CASA-CE disse que o partido deverá fazer nas próximas horas uma declaração sobre estes acontecimentos.

Um dirigente da coligação eleitoral Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE) terá sido morto hoje de madrugada em Luanda, segundo a direcção do partido, mas a polícia não confirmou a informação.

Os cartazes serviam de protesto contra o desaparecimento dos ex-militares Alves Kamulingue e Isaías Cassule, raptados há ano e meio em Luanda quando preparavam uma manifestação antigovernamental e cuja morte resultante do rapto foi admitida em comunicado pela Procuradoria Geral da República de Angola, que acrescentou então terem sido feitas quatro detenções.

O rapto e a alegada morte dos dois ex-militares esteve na origem de uma manifestação convocada para hoje em Luanda pelo maior partido da oposição, UNITA, entretanto proibida pelas autoridades e que redundou na intervenção da polícia angolana, que efectuou disparos para o ar e utilizou granadas de gás lacrimogéneo para inviabilizar a iniciativa da UNITA.

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Autoria:Expresso das Ilhas,23 nov 2013 20:57

Editado porRendy Santos  em  25 nov 2013 9:26

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