Segundo analistas citados pela Efe, a queda dos 'papéis' do maior banco alemão deve-se a informações difundidas pela agência Bloomberg que afirmam que alguns fundos de capital de risco estão a retirar capital da instituição.
A cotação do Deutsche Bank já caiu 58% desde o início do ano.
O presidente do Deutsche Bank, John Cryan, pediu tranquilidade aos trabalhadores do banco e desvalorizou aquelas notícias.
"Em alguns meios podem-se ler rumores acerca de que alguns fundos de capital de risco nos abandonaram. Isso gera, sem razão, intranquilidade", afirmou Cryan.
"Temos que considerar todo o panorama do banco, o Deutsche Bank tem mais de 20 milhões de clientes. Continuem a trabalhar como até agora, somos e continuaremos a ser um banco forte", adiantou.
As acções do banco começaram a desvalorizar-se fortemente em meados deste mês na sequência do pedido da justiça norte-americana de uma multa recorde de 14 mil milhões de dólares para saldar o litígio imobiliário desencadeado no início da crise financeira em 2008.
O banco já anunciou que "não tenciona saldar os potenciais pedidos civis" que totalizam cerca de 14 mil milhões de dólares.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos convidou o banco alemão a apresentar uma contra-oferta, precisou o Deutsche Bank, sublinhando que as negociações "apenas acabam de começar".
O banco norte-americano Goldman Sachs pagou uma multa de 5,06 mil milhões de dólares em Abril último por um caso similar.
O Deutsche Bank é acusado, como outros grandes bancos, de ter vendido a investidores antes do início da crise financeira de 2007/08 empréstimos hipotecários residenciais, que são créditos convertidos em produtos financeiros, sabendo que os mesmos eram tóxicos.
A denominada 'titulação', táctica, utilizada abundantemente pelos grandes bancos para converter carteiras de empréstimos em títulos financeiros que cedem depois nos mercados, é considerada a responsável pelas perdas registadas em 2008 por numerosos investidores, incluindo os que compraram os títulos associados às famosas "'subprimes'".
O Deutsche Bank constituiu provisões de 5,5 mil milhões de euros (6,2 mil milhões de dólares) em 30 de Junho último para resolver litígios em curso, segundo documentos bolsistas.