O antigo primeiro-ministro português António Guterres venceu hoje a eleição para Secretário Geral da ONU sucedendo dessa forma a Ban-Ki Moon à frente dos destinos daquela organização.
Segundo avança o Público, Guterres terá tido o apoio de todos os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.
Hoje à tarde, o Conselho de Segurança, com a presença de todos os embaixadores, anunciou que o português era o "vencedor claro" e que avançava já na quinta-feira para a aprovação de uma resolução que propõe o nome de Guterres para aprovação pela Assembleia Geral.
Após cinco votações preparatórias, em que os votos dos 15 membros do Conselho de Segurança não eram discriminados - e que apontavam para Guterres como sucessor do sul-coreano Ban Ki-moon -, desta vez, os votos dos cinco membros permanentes (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido) serão conhecidos, ficando exposto qualquer veto.
Os embaixadores dos quinze países membros do Conselho de Segurança da ONU apareceram juntos na votação e o antigo primeiro-ministro português não foi vetado por nenhum dos cinco membros permanentes do Conselho. A candidatura de Guterres recebeu 13 votos a favor, duas abstenções e nenhum veto. A pedido da Rússia, a votação final realiza-se nesta quinta-feira.
Esta foi a primeira votação em que António Guterres concorreu com a búlgara Kristalina Georgieva, apoiada pela Alemanha e pelo Partido Popular Europeu (PPE).
O primeiro-ministro português, António Costa, reagiu ao Público às votações desta tarde congratulando-se pelo resultado obtido por António Guterres. “Como amigo, dá-me uma enorme satisfação”, assumiu Costa, lembrando o orgulho de vir a ter um português no mais alto cargo das Nações Unidas. “Foi um grande trabalho da nossa diplomacia, um grande esforço que todos temos feito, todos os órgãos de soberania, todos os partidos”, concluiu o primeiro-ministro.
A eurodeputada socialista Ana Gomes disse, em declarações à SIC Notícias, que o antigo primeiro-ministro é um homem "com coragem e com capacidade de diálogo com todos, mas também com capacidade de afirmar os seus princípios nas Nações Unidas".
Segundo a Agência Lusa, o presidente do Conselho de Segurança das ONU disse aos jornalistas, no final da sexta votação do Conselho de Segurança para secretário-geral, que o organismo espera recomendar "por aclamação" o nome de António Guterres na quinta-feira.
"Hoje, depois da nossa sexta votação, temos um favorito claro e o seu nome é António Guterres. Decidimos avançar para um voto formal amanhã de manhã [quinta-feira] e esperamos fazê-lo por aclamação", disse aos jornalistas Vitaly Churkin.
Depois de uma hora e meia de encontro, pela primeira vez na história da organização os 15 embaixadores dos países com assento no Conselho de Segurança vieram falar aos jornalistas para anunciar o nome do português.
"Senhoras e senhores, estão a testemunhar uma cena histórica. Nunca foi feito desta forma. Este foi um processo de seleção muito importante", disse o embaixador russo.
Momentos depois, a embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU disse que os 15 países membros do Conselho de Segurança decidiram unir-se em volta de António Guterres devido às provas que deu na sua carreira e durante a campanha.
"As pessoas queriam unir-se em volta de uma pessoa que impressionou ao longo de todo o processo e impressionou a vários níveis de serviço", disse Samantha Powell aos jornalistas.
António Guterres ficou à frente desta última votação com 13 "encoraja" e não recolheu nenhum veto.
Depois de cinco votações em que os votos dos 15 membros eram indiscriminados, os votos dos membros permanentes (China, Rússia, França, Reino Unido e Estados Unidos) foram destacados pela primeira vez, sendo assim possível perceber se havia algum veto.
Depois de a resolução ser aprovada na quinta-feira pelo Conselho de Segurança, o nome de Guterres segue para aprovação na Assembleia Geral da ONU.
Também em declarações àquela agência noticiosa, a embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU disse hoje que os 15 países membros do Conselho de Segurança decidiram unir-se em volta de António Guterres devido às provas que deu na sua carreira e durante a campanha.
"As pessoas queriam unir-se em volta de uma pessoa que impressionou ao longo de todo o processo e impressionou a vários níveis de serviço", disse Samantha Powell aos jornalistas.
O novo secretário-geral da organização substitui Ban Ki-moon e entra em funções a 01 de janeiro de 2017.