A sua morte foi anunciada por diferentes fontes várias vezes, mas foi sempre impossível de confirmar. "Pensamos que Baghdadi está vivo e que continua a dirigir o grupo Estado Islâmico", disse Peter Cook, porta-voz do Pentágono, numa entrevista à CNN, esta sexta-feira à noite.
Abu Bakr al-Baghdadi sempre agiu com grande discrição, ao contrário do grupo que dirige, que multiplica as mensagens e vídeos de propaganda na Internet.
A sua cara apareceu apenas num vídeo do Estado Islâmico desde a proclamação do "califado" no Iraque e na Síria, em Junho de 2014, vídeo que foi filmado em Mossul, bastião 'jihadista' no norte do Iraque.
No mês passado, Baghdadi divulgou uma mensagem áudio a apelar aos seus seguidores para defenderem Mossul, alvo de uma ofensiva do exército iraquiano desde Outubro.
Os responsáveis norte-americanos têm recusado fazer comentários sobre o paradeiro ou estado de saúde de Baghdadi, mas o porta-voz disse estar convencido de que o "califa" está isolado, devido às pesadas baixas sofridas pelo grupo em consequência dos ataques da coligação internacional anti-'jihadista'.
A administração norte-americana subiu de 10 para 25 milhões de dólares a recompensa por informações que levem à captura do líder do Estado Islâmico.
A CNN noticiou na quinta-feira, citando um responsável norte-americano não identificado, que os Estados Unidos receberam "nas últimas semanas" informações sobre "movimentos" de Abu Bakr Al-Baghdadi. Mas a fonte não explicou se estes foram detectados na Síria ou no Iraque.
Segundo documentos oficiais iraquianos, Baghdadi nasceu em Samarra em 1971 e ter-se-á juntado à resistência que se formou depois da invasão liderada pelos EUA em 2003, tendo chegado a estar detido numa prisão norte-americana no Iraque.