Economia angolana em queda desde 2012

PorExpresso das Ilhas,10 fev 2017 10:23

O crescimento económico angolano está em desaceleração desde 2012, ano em que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 8,5 por cento, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola, a que a Lusa teve hoje acesso.

O crescimento económico angolano está em desaceleração desde 2012, ano em que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 8,5 por cento, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola, a que a Lusa teve hoje acesso.

 

A informação resulta do documento com os dados provisórios e preliminares das contas nacionais de 2014 e 2015, lançado pelo INE, que aponta respectivamente um crescimento da economia de 4,1 e 0,9%. 

Além destes indicadores, o Governo angolano já admitiu para 2016 um crescimento praticamente nulo (0,1%) da economia. 

Segundo o INE, o pico dos últimos no crescimento anual do PIB aconteceu em 2012, quando chegou então aos 8,5% - , elevando o indicador, que reflecte toda a riqueza produzida no país, aos 12,2 biliões de kwanzas, equivalente, à taxa de câmbio actual, a 69,1 mil milhões de euros. 

Só de 2011 para 2012, o PIB angolano cresceu assim 1,724 biliões de kwanzas, o que equivale, à taxa de câmbio actual, a 9,7 mil milhões de euros.

Ainda segundo os mesmos indicadores, em 2010 a economia angolana cresceu 4,7% e no ano seguinte 3,5%. 

Angola é o maior produtor de petróleo em África, mas enfrente desde finais de 2014 uma profunda crise financeira, económica e cambial decorrente da quebra nas receitas com a exportação de crude.

"Apesar do agravamento da situação económica do país, provocado pela queda do preço do petróleo, Angola está a lidar com a crise melhor do que outros países. Exemplos disso são a baixa progressiva dos preços dos bens essenciais, da inflação e da taxa de juro; a recuperação da actividade das empresas e dos níveis de emprego", disse o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, no anual discurso sobre o Estado da Nação, proferido a 17 de Outubro último.

Na mesma ocasião, o chefe de Estado recordou que o "choque sistémico da queda do preço foi muito forte nas receitas públicas", apontando que só em 2015 a redução do preço do crude "terá provocado uma quebra de quase seis mil milhões de dólares na receita fiscal". 

O Governo chegou a prever um crescimento da economia de apenas 1,1% em 2016, entretanto revisto em baixa (0,1%). 

José Eduardo dos Santos garantiu, na altura, no parlamento: "A economia não estagnou, apenas perdeu a pujança com que se vinha desenvolvendo por causa da crise actual".


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Autoria:Expresso das Ilhas,10 fev 2017 10:23

Editado porExpresso das Ilhas  em  31 dez 1969 23:00

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