Cerca de 1.500 dos 6.500 palestinianos presos deixaram de se alimentar desde segunda-feira em protesto contra as condições de detenção e para denunciar discriminações, num movimento de protesto colectivo inédito há anos.
Algumas dezenas de palestinianos que lhes foram manifestar apoio junto à prisão de Ofer foram dispersados por soldados israelitas com granadas de gás lacrimogéneo e de atordoamento, bem como com balas de borracha, segundo um jornalista da agência France-Presse.
Para aumentar a tensão, no local estava também dezena e meia de activistas do partido israelita de direita União Nacional, que participavam num churrasco para fazer abalar a vontade dos grevistas.
Não foram atrapalhados pelas forças israelitas, tendo alguns soldados aproveitado para se lhes juntar e comer carne grelhada.
Vários ministros israelitas apelaram à recusa de qualquer negociação com os presos, que exigem, entre outros, direitos de visita alargados, acesso ao telefone ou visitas médicas regulares.
As visitas de advogados e familiares foram interrompidas desde segunda-feira em retaliação, questão denunciada à justiça israelita pela organização não-governamental palestiniana que se ocupa do assunto dos presos, o Clube dos Prisioneiros Palestinianos.
O seu director, Qaddoura Farès, disse hoje à AFP que a proibição de visitas aos grevistas foi levantada pela justiça israelita e que os advogados vão voltar a realizá-las.