Segundo o Ministério dos Serviços Secretos, um terceiro ataque que estava sendo planeado foi impedido graças à detenção de uma “equipa terrorista” executada pelas forças de segurança.
Numa declaração difundida pela Amaq, a agência de propaganda do grupo terrorista, o Estado Islâmico reivindicou o ataque. A confirmar-se, seria o primeiro atentado do Estado Islâmico, radical sunita, no país muçulmano maioritariamente xiita. O grupo terrorista recorreu também às redes sociais para exibir um vídeo de 24 segundos, provavelmente filmado dentro do parlamento, no qual é visível um atirador junto de um corpo ensanguentado.
Os ataques, que alvejaram o parlamento e o mausoléu do fundador da república do Irão, o Ayatollah Khomeini, aconteceram menos de um mês depois da reeleição do moderado presidente Hassan Rouhani.
Poucos minutos separaram os dois ataques
À televisão estatal, o deputado Elias Hazrati relatou que os atacantes, armados com pistolas e metralhadoras Ak-47, invadiram o edifício do parlamento no centro de Teerão.
Conforme a estação pública iraniana um dos agressores detonou um colete de explosivos. No entanto, outras agências de notícias refiram que a explosão pode ter sido causada por granadas detonadas pelos presumíveis terroristas. Antes de serem abatidos pelas forças de segurança, os atacantes terão feito quatro reféns no interior do parlamento.
Meia hora depois do ataque no parlamento, um grupo armado abriu fogo no mausoléu, a poucos quilómetros do sul de Teerão. De acordo com o governador de Teerão, um atacante fez explodir um colete suicida e um outro foi morto pelas forças de segurança.
"O ambiente é tenso. É um golpe para Rouhani. Como podem quatro homens armados ter entrado no parlamento, onde sempre houve segurança apertada", disse um oficial do governo, sob anonimato.