Emmanuel Macron pede nova Convenção de Dublin para agilizar processo de refugiados

PorLusa,11 jan 2018 15:12

Emmanuel Macron quer solução para os refugiados
Emmanuel Macron quer solução para os refugiados(Reuters)

O Presidente da França, Emmanuel Macron, pediu hoje a aprovação de novas normas para acabar com "as profundas disfunções" da Convenção de Dublin, legislação para agilizar o processo de candidatura dos refugiados que procuram asilo político na Europa.

Emannuel Macron, que se encontrou hoje com o primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, destacou a gestão do fenómeno migratório realizada por Itália no Mediterrâneo, que considerou ter conseguido "reduzir a desestabilização" na zona.

O chefe de Estado francês aludiu à redução de quase 30% do número de desembarques de imigrantes em portos italianos em 2017 (119.369, de acordo com o Ministério do Interior de Itália), graças aos acordos estabelecidos pelo Governo italiano com países de origem e trânsito de imigrantes, como a Líbia.

Macron considerou ainda "importante e coerente com a política migratória e de segurança comum" na Europa a intenção de a Itália realizar uma missão militar no Níger, para fazer frente aos traficantes de seres humanos.

Destacou também o compromisso de França e da Itália em contribuir para a estabilização da Líbia, um país sem Estado, em conflito desde 2011.

É desta nação do Norte de África que parte a maior parte dos imigrantes que são resgatados em pleno mar Mediterrâneo e transportados para portos italianos.

"Continuaremos a trabalhar num modo cada vez mais eficaz contra os traficantes de seres humanos, o armamento e as drogas", especialmente na zona de Sahel, como referiu o Presidente da França.

O primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, realçou a colaboração entre Itália e França e afirmou que a política europeia deve evoluir para "transformar o fenómeno migratório ilegal, gerido por máfias".

No entender do chefe do Governo italiano, a redução do fluxo migratório no ano passado "demonstra que o caminho para esse objectivo não era impossível".

Gentiloni destacou a diminuição do número de mortes no mar no ano passado: 3.116 contra as 4.967 estimadas em 2016 pela Organização Internacional das Migrações.

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Autoria:Lusa,11 jan 2018 15:12

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  11 jan 2018 15:12

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