A informação foi avançada pelo representante especial do secretário-geral para a África Ocidental e o Sahel, ao Conselho de Segurança. Mohamed Chambas ressalta que cerca de 700 pessoas raptadas escaparam recentemente do controlo dos terroristas que continuam a sequestrar inocentes.
Segundo o responsável, mais de 2 milhões de deslocados aguardam desesperados pelo fim da crise provocada pelo grupo na Bacia do Lago Chade.
O representante especial do secretário-geral para a África Ocidental e o Sahel pede apoio internacional em prol de uma resposta abrangente para enfrentar a ameaça regional.
Chambas declara que apesar do progresso contínuo em transições políticas democráticas e pacíficas, a situação de segurança na região continua a ser motivo de grande preocupação tendo dado os exemplos do Mali, do Níger e da Nigéria.
No Sahel, o chamado Grupo dos Cinco teve avanços significativos para fazer operar a força formada por nações da região. O enviado destaca que uma das prioridades para este ano é conter o tráfico de seres humanos na área africana.
O representante fala ainda da Gâmbia e do Burkina Faso, onde as Nações Unidas continuam a priorizar a abordagem da paz sustentável para garantir que esta seja duradoura e uma "consolidação das jovens democracias".
Após "eleições democráticas bem-sucedidas na Libéria", Chambas conta que agora é necessário prestar mais atenção às próximas eleições na Serra Leoa e na Guiné Conacri.
O enviado também enfatiza que a continuação de protestos e a falta de consenso sobre a implementação de reformas constitucionais no Togo "podem ameaçar a realização de eleições legislativas e locais" previstas para este ano.