Hoje, Henrietta H. Fore declarou que o impacto da violência é devastador. Ela conheceu uma mãe que precisou caminhar por vários dias até conseguir tratamento para seu bebé desnutrido. Um outro menino contou que foi obrigado a se juntar a um grupo armado quando tinha apenas 10 anos.
Mas a chefe do Unicef afirma que "em meio ao horror", ela viu "sinais de esperança", como uma ex-criança soldado que retornou para a escola e dois irmãos que tiveram um reencontro com a mãe após quatro anos.
Henrietta Fore explica que o Unicef e outras agências que trabalham no Sudão do Sul enfrentam condições perigosas, em um país onde 28 trabalhadores humanitários foram mortos no ano passado.
Em 2017, o Unicef conseguiu tratar 1,8 milhões de crianças contra o sarampo e mais de 180 mil menores contra a desnutrição aguda. Além disso, 300 mil crianças tiveram acesso à educação.
Mas segundo a directora do Unicef, isto está longe de ser suficiente, já que não há sinais de um fim da violência. Henrietta Fore afirma que 250 mil crianças estão desnutridas de forma severa e correm risco de morrer.
Mais de 19 mil crianças foram recrutadas para o conflito, uma entre três escolas foram danificadas ou destruídas e a agência documentou 1,2 mil casos de violência sexual contra crianças.
A directora-geral do Unicef destaca que a temporada de seca aumentará as ameaças e apenas um fim às hostilidades pode levar paz e segurança às crianças e jovens do Sudão do Sul.
Até isso acontecer, Henrietta Fore faz um apelo por acesso irrestrito ao país e por mais recursos dos doadores, factores essenciais para o benefício de milhões de crianças sul-sudanesas.