Em entrevista ao jornal Negócios, a ex-presidente do conselho de administração da Sonangol classificou de "normal" o facto da Procuradoria-Geral da República de Angola, ter aberto um inquérito, na sequência das denúncias à sua gestão na petrolífera.
As declarações de Isabel dos Santos surgem na sequência das acusações feitas pelo seu sucessor, Carlos Saturnino, na conferência de imprensa realizada a 28 de Fevereiro sobre o estado actual da Sonangol, no âmbito dos 42 anos de existência da companhia.
Nessa conferência de imprensa, Carlos Saturnino acusou a antiga administração de ter realizado uma transferência de 38 milhões de dólares já após ter sido exonerada, denúncia que já levou a Procuradoria-Geral da República a abrir um inquérito.
"Fiquei muito decepcionada com a conferência de imprensa. Estava à espera que falasse do futuro da Sonangol e dos resultados que se tinha conseguido atingir para, no fundo, perceber as soluções, mas em vez disso lançou-se num ataque direto ao antigo conselho de administração e à minha pessoa em particular. Vou apresentar uma queixa-crime. Estou neste momento a trabalhar com advogados nesse sentido e apresentarei essa queixa em função das afirmações e alegações que foram feitas. São difamatórias. Sem dúvida", disse.