"Perdoem, se faz favor, perdoem à República, aos polacos, à Polónia de então, esse ato vergonhoso", declarou Duda, dirigindo-se aos judeus forçados ao exílio há 50 anos e às suas famílias.
"A Polónia livre e independente de hoje, a minha geração, não têm responsabilidade", adiantou.
A declaração ocorre num contexto de tensão entre a Polónia e Israel devido a uma lei polaca controversa sobre o Holocausto.
Duda falava no 'campus' da Universidade de Varsóvia por ocasião do 50.º aniversário da revolta estudantil de Março de 1968, que foi seguida de uma violenta campanha anti-semita, lançada pelas autoridades comunistas, e do exílio de milhares de polacos judeus.
Entre os que foram forçados a deixar a Polónia encontravam-se sobreviventes do Holocausto e intelectuais destacados, como o sociólogo Zygmunt Bauman, assim como críticos do regime não judeus, como o filósofo Leszek Kolakowski.
"Que perda sofre a República polaca de hoje pelo facto dos que partiram -- e alguns que talvez tenham morrido devido ao ano 1968 -- não estarem agora connosco", disse Duda.
Lembrou que os polacos judeus participaram na luta pela independência do país há um século e que o defenderam em 1920 (contra os soviéticos) e em 1939 (contra os nazis).
Antes de chegar à universidade, Duda deslocou-se à estação ferroviária de Gdanski, de onde partiram de Varsóvia muitos dos judeus que se exilaram.
O chefe de Estado depositou uma coroa de flores no local e encontrou-se com representantes da comunidade judaica.