O major-general Yuri Yevtushenko, citado pela agência Interfax, disse que a trégua de hoje e de sexta-feira abrange Douma para permitir a retirada de civis, especificando que na quarta-feira saíram da zona 131 pessoas através do corredor humanitário.
O mesmo responsável disse que mais de uma centena de civis esperam ser retirados nas próximas horas.
A Rússia aceitou a pausa humanitária no mês passado, mas até ao momento têm sido poucos os civis a abandonar a região.
De acordo com ativistas de organizações não-governamentais as forças governamentais, apoiadas pelos militares russos, têm bombardeado Ghouta oriental, apesar das tréguas.
Hoje, um novo comboio de veículos com ajuda humanitária vai ser enviado para os arredores de Damasco, bastião da oposição síria.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha disse hoje em comunicado que a coluna foi organizada em colaboração com o Crescente Vermelho Sírio e as Nações Unidas dirigindo-se para Duma, a maior cidade de Ghouta Oriental.
Os 25 veículos aguardam neste momento a passagem pelo campo de refugiados palestiniano de Al Wafidin que separa a zona controlada pelo governo de Damasco e a região onde se mantêm forças da oposição ao regime de Bashar Al-Assad.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos indicou que dezenas de bombardeamentos atingiram hoje a parte sul de Ghouta Oriental.
Na sequência dos últimos ataques -- levados a cabo por aviões de combate não identificados - pelo menos três pessoas morreram e 83 ficaram feridas.
Kafr Batna, Ain Tarma, Zamalka, Haza, Yisrinb e Hamuriya foram as zonas atingidas hoje em Ghouta oriental.
A maior parte dos civis, cerca de 70 pessoas, ficou ferida quando tentava fugir de Hamuriya durante os bombardeamentos.
A ofensiva governamental apoiada pelas forças russas contra Ghouta oriental prolonga-se desde finais de janeiro tendo-se intensificado desde o dia 18 de Fevereiro.