Na abertura do Fórum, que reúne até sexta-feira cerca de 30 mil participantes, entre os quais o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca e o Ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, o líder brasileiro referiu que existe "um consenso de que a vida na Terra estará ameaçada sempre que não se respeitem os limites da Natureza.
O planeta, observou, "é só um" e "as soluções devem ser conjuntas e articuladas" entre a comunidade internacional.
Temer citou dados das Nações Unidas segundo os quais dois mil milhões de pessoas não têm abastecimento seguro de água em casa e relacionou directamente o acesso a este recurso e ao saneamento à própria vida.
O Fórum Mundial da Água, organizado pelo Conselho Mundial da Água, é realizado a cada três anos desde 1997 e é considerado o principal evento sobre recursos hídricos do mundo.
Nesta edição, em Brasília, estão representados governos, organizações e empresas de cerca de 150 países.
Além de Temer, na abertura estavam presentes outros chefes de Estado, incluindo o de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, de São Tomé e Príncipe, Evaristo Carvalho, da Guiana, David Granger, e da Hungria, János Áder, além dos primeiros-ministros de Marrocos, Saadedín Otmani, e Coreia do Sul, Lee Nak-yeon, do presidente da Assembleia-Geral da ONU, Miroslav Lajcak, e da diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay.
Os grandes temas em análise no Fórum são nove - água e clima, água e saneamento, água e desenvolvimento, água e cidades, água e ecossistemas, água e financiamento, água e partilha, água e capacitação, e água e 'governance', divididos em 32 tópicos que serão debatidos em 140 sessões.
Na discussão de cada tema será abordada a situação em cada região do mundo.
O Fórum integra ainda iniciativas dedicadas a grupos específicos, como os consumidores, os jovens ou as crianças, num esforço para a sensibilização para a importância da água.