Essas pessoas deixaram a cidade de Duma, a maior em Ghouta Oriental e nas mãos da facção do Exército do Islão, através do corredor aberto pelas forças do governo sírio no campo de refugiados de Al Wafidin.
O Exército do Islão, um dos grupos islâmicos que operam em Ghouta Oriental, e a Rússia, um aliado do governo de Damasco, chegaram a um acordo na semana passada para permitir que civis, doentes e feridos que desejassem deixar Duma o pudessem fazer através do corredor aberto pelo exército sírio.
Cerca de 76.000 pessoas saíram de Duma e de outras zonas de Ghouta Oriental em direção a áreas em poder das autoridades desde o passado dia 15 de Março.
Entretanto, há preparativos para uma retirada de combatentes islâmicos e seus familiares, bem como doentes, da população de Harasta, controlada pelo Movimento Islâmico do Sham Livre, que também chegou a um acordo com as tropas do governo.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, está prevista a saída de cerca de 8.000 pessoas de Harasta em direcção a áreas dominadas por rebeldes no norte da Síria.
Nas últimas horas chegaram a Harasta veículos do Crescente Vermelho, que supervisionará a operação e transportará os doentes e feridos.
Ghouta Oriental é alvo de uma ofensiva terrestre por tropas do governo sírio e seus aliados desde 25 de Fevereiro, precedida uma semana antes da intensificação dos bombardeamentos da aviação síria e russa e dos disparos da artilharia governamental.
Desde o dia 18 de Fevereiro, pelo menos 1.544 pessoas perderam a vida em Ghouta Oriental, incluindo 316 menores e 193 mulheres, segundo dados do Observatório.