De acordo com a agência financeira, esta mudança de perspectiva assenta também na expectativa de crescimento da economia brasileira acima do esperado a curto e médio prazo, apoiadas por reformas estruturais, que irão sustentar os esforços de consolidação fiscal.
A agência manteve o 'rating' de Ba2 para o Brasil, que reflete a força do crédito, e estima que o país registe um crescimento médio de 2,8% entre 2018 e 2019 e de 2,5% nos anos seguintes.
Em declarações à Bloomberg, a analista sénior da Moody's Investors Service, Samar Maziad, responsável pelo crédito soberano do Brasil, afirmou que quem vencer as eleições presidenciais em outubro terá de cumprir o teto para os gastos públicos, o que levará o próximo governo a fazer as necessárias reformas económicas.
"O momento para a continuação das reformas e a recuperação económica até agora são os principais elementos" para a perspetiva do Brasil ter sido revista de negativa para estável, afirmou numa entrevista telefónica.
Maziad considerou ainda que o custo de não fazer reformas será muito alto para a confiança dos investidores e o crescimento, pelo que o cenário da Moody's é de que o próximo governo não vai pretender falhar.
"Há um consenso sobre a necessidade de reforma. É por isso que achamos que irá continuar. É também uma exigência", acrescentou.