Fontes parlamentares disseram à agência espanhola Efe que os deputados argumentaram que as políticas do primeiro-ministro, Hani al Mulki, "levaram o país a um estado explosivo", referindo-se às manifestações que se repetem desde há quatro dias e após a greve geral da última quarta-feira, 30 de maio.
"Esse governo não tem mais a nossa confiança", disseram os deputados na carta, assinada pela Aliança Nacional pela Reforma, um grupo parlamentar liderado pela Frente Islâmica de Ação Islâmica (FAI), que é a ala política da Irmandade Muçulmana Jordana.
Ao mesmo tempo, algumas informações sugerem que o rei Abdullah II convocou Al Mulki e que lhe poderia pedir que renunciasse, depois de quatro noites de protestos nas ruas do país e da convocação de uma nova greve para a próxima quarta-feira.
Entretanto, os presidentes das duas Câmaras do Parlamento recomendaram que Abdullah II convocasse uma sessão plenária extraordinária para discutir a crise, uma vez que o período legislativo é interrompido pelo mês sagrado muçulmano do Ramadão.
O parlamento está encarregado de finalizar a lei para a reforma tributária, aprovada pelo Governo no âmbito das medidas ditadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para reduzir o défice na Jordânia.
A nova lei visa melhorar a administração tributária e aumentar o número de contribuintes em 6%, além de estabelecer novas taxas para empresas de diferentes sectores.