De acordo com a sondagem da Datafolha, 82% dos inquiridos consideram negativo o exercício do actual Presidente do Brasil, considerando que o Governo de Michel Temer de mau a péssimo, tendo aumentado 12 pontos percentuais desde a última sondagem, em Abri.
Nessa altura, a rejeição a Temer, Presidente desde 31 de Agosto de 2016, situou-se em 70%, o que já o colocava como um dos chefes de Estado mais impopulares desde a redemocratização do Brasil, de acordo com a Datafolha.
A impopularidade de Temer aumentou devido ao lento crescimento da economia brasileira e à crise provocada pela greve dos camionistas, que paralisou o Brasil entre 21 e 31 de maio e provocou uma interrupção no abastecimento de combustíveis, alimentos e medicamentos.
O estudo, realizado entre 06 e 07 de junho, após a greve dos camionistas, indicou que apenas 3% dos inquiridos consideraram óptima ou boa a gestão de Temer e outros 14% entenderam que o Governo exerce a governação de modo regular.
A impopularidade do Presidente Temer cresceu em todas as franjas de rendimento e escolaridade e nas cinco regiões do país, depois da adopção de uma agenda de aperto fiscal e com o alegado envolvimento do seu grupo político em escândalos de corrupção.
De todos os Presidentes do Brasil desde 1985, Temer tem o índice de rejeição mais expressivo, seguido por Dilma Rousseff (2011-2016), com 71%; Fernando Collor de Melo (1990-1992), com 68%; e José Sarney (1985-1990), igualmente com 68%.
A sondagem mostrou também que as Forças Armadas continuam como a instituição em que a população mais confia, ainda que o índice tenha passado de 43% em abril para 37% na sondagem hoje divulgada.
Outros 41% afirmaram confiar um pouco nos militares e 20% revelou não confiar.
Os índices de credibilidade mais baixos registaram-se para os partidos políticos (68% dos brasileiros não confia), para o Congresso (67%) e a Presidência (64%).
A imprensa só tem a confiança de 16% dos brasileiros, enquanto 45% indicou confiar um pouco e 37% desconfiar.