Após dois dias de conversações entre Mike Pompeo e responsáveis de Pyongyang, o regime de Kim Jong-un considerou, no sábado à noite, que "os Estados Unidos estão a cometer um erro fatal se consideram que a República Popular Democrática da Coreia [nome oficial da Coreia do Norte] deve aceitar exigência semelhantes às de um ladrão", advertiram as autoridades, através da agência oficial norte-coreana KCNA.
No Japão, à saída de uma reunião com os ministros dos Negócios Estrangeiros japonês, Taro Kono, e sul-coreana, Kang Kyung-wha, Pompeo afirmou que as sanções vão ser mantidas até uma "desnuclearização completa e totalmente verificável".
Para o chefe da diplomacia norte-americana, esta é uma "desnuclearização geral", que engloba todos os tipos de armas. "Os norte-coreanos compreenderam isso, não houve contestação", sublinhou.
"Apesar de nos sentirmos encorajados pelos progressos registados nestas conversações, estes avanços não justificam, por si só, uma diminuição do regime de sanções existente", insistiu Mike Pompeo, destacando a importância de controlar a conclusão do processo.
"Haverá uma verificação ligada à desnuclearização completa, foi isso que os Presidentes [Donald] Trump e Kim [Jong-un] acordaram", na cimeira de Singapura, a 12 de junho, acrescentou.
Pompeo, que esteve também reunido com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, mostrou-se sereno, apesar da reação do regime de Kim Jong-un.
"O Presidente Trump e eu acreditamos que estes esforços para a paz valem a pena", reiterou.