Todas as sondagens colocavam o partido popular social-cristão (CSV), que já foi liderado por Juncker, à frente das intenções de voto.
Este resultado obriga a pactos para formar governo e confirma a maioria da coligação actual com os ecologistas.
Os cinco anos do Governo liderado pelo liberal Xavier Bettel não mudaram a prevalência do partido conservador no país com maior rendimento por habitante (‘per capita’) da União Europeia. O CVS, do actual presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, venceu todas as eleições desde a Segunda Guerra Mundial, com excepção em1974.
No entanto, uma alteração das alianças no Grão-Ducado em 2013 permitiu a Xavier Bettel afastar Jean-Claude Juncker, no poder desde 1995 com os socialistas, apesar de o CSV ter vencido o escrutínio, com 33,6%, contra 18,25% para o Partido Democrático e 20,2% para os socialistas.
Xavier Bettel tornou-se então primeiro-ministro de um governo de coligação com os socialistas e os Verdes.
Porém, os conservadores voltam a perder apoios, com 28% contra 33,6% de 2013, passando de 31 para 21 deputados, e a coligação do governo atual (liberais, socialistas e verdes) mantém os seus apoios, abrindo a porta à continuação da coligação.
Dos três partidos que sustentam o governo, os Verdes são o partido que mais sobe, de 10,12% para 15%, um reflexo da crescente preocupação dos cidadãos pelas questões do meio ambiente.
O partido de Bettel (DP) mantém um resultado ligeiramente abaixo das últimas legislativas, ao obter 17,5% contra 18,24%.
Os socialistas (LSAP), liderados pelo ministro da Economia, Etienne Schneider, perderam apoios e baixam de 20,28% para 16,10%.
Quase metade (48%) da população no Luxemburgo é estrangeira – os luso-luxemburgueses constituem cerca de 16% dos cerca de 583.000 habitantes –, pelo que não tem acesso às urnas.
No total, 256.000 eleitores estavam aptos a participar no escrutínio, menos de 43% do conjunto da população.
Em Junho de 2015, consultados por referendo, 78% dos eleitores rejeitaram a proposta do Governo de Xavier Bettel para garantir direito de voto aos estrangeiros.