"O conceito original deles era muito mau (...) e o encobrimento foi o pior da história dos encobrimentos", disse Trump em declarações aos jornalistas na Sala Oval.
Durante uma reunião que se seguiu com líderes militares norte-americanos, Trump insistiu que "nada do que os sauditas fizeram naquela operação" correu bem. "Eu diria que foi um fiasco completo desde o primeiro dia", reforçou.
Questionado sobre o que considerava um fiasco, se o alegado plano para assassinar Khashoggi ou o encobrimento, Trump respondeu que "nunca deveria ter havido uma execução [do plano] ou um encobrimento".
Trump acrescentou que na terça-feira falou novamente ao telefone com o príncipe herdeiro saudita, Mohamed bin Salman, o qual afirmou categoricamente "que não tem nada a ver com isso, que foi feito a um nível inferior".
O Presidente norte-americano declarou que tencionava pedir ao Congresso que lhe enviasse "recomendações" sobre possíveis respostas dos EUA, algo que aconteceu pela voz do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, que anunciou uma primeira represália: a revogação dos vistos dos envolvidos na morte de Khashoggi.
Donald Trump reiterou, no entanto, que não está inclinado a travar as vendas de armas a Riade, porque a "Rússia, China e França aproveitariam rapidamente" essa oportunidade de negócio.
Khashoggi, um jornalista saudita crítico do regime de Riade, que vivia em Washington, foi assassinado a 02 de outubro, depois de se ter deslocado ao consulado do seu país em Istambul, na Turquia, para levantar alguns documentos que precisava para se casar com sua noiva turca.