A declaração foi feita à agência EFE pela bióloga e coordenadora para a área da biodiversidade da Greenpeace Espanha, Pilar Marcos, que define o anúncio do governo nipónico como “algo já temido” pela organização e “um retrocesso em todas as iniciativas de conservação de cetáceos, reguladas pela moratória sobre caça comercial da baleia desde 1986”, e materializadas na CBI, criada para a conservação das baleias e o controlo da caça.
“O Japão procurou sempre artimanhas para continuar a caçar baleias”, criticou a bióloga, explicando que, sob o pseudónimo de “caça científica”, os baleeiros foram pouco a pouco acabando com estes animais para outros usos.
O anúncio do Governo de Tóquio representa um “triplo perigo” para estes animais, uma vez que se desconhecem as quotas de pesca que o Japão fixará, “ao não estar já sob a salvaguarda de um organismo internacional”, dificultará o estudo das baleias, “das quais se sabe muito pouco ao viverem em mar aberto”, e se pode produzir um “efeito bola de neve sobre os países que as caçaram historicamente, como a Noruega e a Islândia”, advertiu Marcos.