No relatório 'Panorama Social da América Latina 2018', com dados de Dezembro de 2017, a CEPAL indicou que a proporção de pobres (30,2%) permaneceu estável, contudo verificou-se que as pessoas em extrema pobreza continuaram a aumentar, prolongando uma tendência observada desde 2015 nesta região.
Os 10,2% dos latino-americanos que vivem em extrema pobreza representam a maior percentual registada desde 2008, alertou a Organização das Nações Unidas (ONU), que num relatório publicado em Fevereiro de 2018 estimou em 632 milhões de habitantes a população da América Latina, que sobe para 645,5 milhões com a inclusão das Caraíbas.
"Embora a região tenha alcançado importantes avanços entre a última década e a metade da actual, desde 2015 que se registaram retrocessos, nomeadamente em termos de extrema pobreza", referiu Alicia Bárcena, secretária executiva da CEPAL, durante a apresentação do relatório.
Os países que mais reduziram a pobreza entre 2015 e 2017, de acordo com o relatório, foram o Chile de 13,7% para 10,7%, a Argentina de 21,5% para 18,7%, El Salvador de 42,6% para 37,8% e o Paraguai de 23,4% para 21,6%, enquanto que no Brasil verificou-se um aumento de 18,8% para 19,9%.