Numa sequência de publicações na plataforma social Twitter, a organização partilhou várias imagens de satélite que mostram dezenas de estruturas queimadas durante um ataque do grupo extremista.
A AI acrescenta ainda que os autores do ataque, na segunda-feira, chegaram à cidade em motas e queimaram uma parte da cidade.
Na terça-feira, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) informou que cerca de 30 mil pessoas fugiram durante o passado fim de semana da cidade de Rann para os Camarões, numa tentativa de fugir aos ‘jihadistas’ do Boko Haram.
“Toda a população terá entrado em pânico e fugiu, numa tentativa de escapar à morte”, em apenas 48 horas, afirmou então, em conferência de imprensa em Genebra, o porta-voz da ACNUR, Babar Baloch.
O pânico gerou-se após a retirada, no domingo, das tropas camaronesas que ali tinham sido colocadas após o ataque de 14 de janeiro, que fez 14 mortos nesta localidade, que acolhe mais de 35 mil deslocados.
Nos últimos meses, dezenas de milhares de pessoas fugiram da Nigéria para os Camarões e o Chade, correspondendo a um aumento da violência do grupo extremista islâmico na zona.
As estimativas apontam para 2,5 milhões de deslocados na zona em torno do lago Chade (Nigéria, Chade, Camarões), incluindo 1,8 milhões no interior da Nigéria.