De acordo com o comissário da polícia, Mike Bush, em conferência de imprensa, 41 das vítimas mortais perderam a vida na mesquita de Masjid Al Noor e sete morreram no Centro Islâmico de Linwood. Uma última morreu já no hospital, não resistindo aos ferimentos.
O principal suspeito das autoridades, actualmente detido, deixou um manifesto anti-imigrantes, de 74 páginas, no qual procurou justificar as acções. O manifesto, intitulado “The Great Replacement” (“O Grande Substituto”, numa tradução livre) detalhava as motivações do suspeito: “criar uma atmosfera de medo” e “incitar à violência” contra muçulmanos.
A polícia neozelandesa deteve quatro pessoas relacionadas com os disparos. Uma delas, um homem com mais de 20 anos, está acusado de homicídio e será presente a tribunal.
“Seria errado assumir que não há mais ninguém” ligado ao ataque, afirmou Bush.
A polícia procedeu também à desactivação de explosivos num carro no centro da cidade de Christchurch e emitiu um comunicado a pedir que os meios de comunicação não divulguem as imagens do ataque com “cenas chocantes” e que os cidadãos de todo o país evitem mesquitas. Aos moradores em Christchurch, o comandante pediu que fechassem todas as portas.
O directo do ataque, entretanto eliminado do Facebook, mostrava um homem armado com uma arma semi-automática a entrar numa das mesquitas e abrir fogo sobre as pessoas em oração. Depois de abandonar o local, continuou a disparar pela janela.
Também uma conta do Twitter, onde um dos suspeitos publicou imagens do ataque e o manifesto anti-imigração, foi entretanto apagada.
A primeira-ministra, Jacinda Ardern, classificou o ataque como um acto ataque terrorista. Ardern acrescentou que “é óbvio que os ataques foram planeados durante bastante tempo” e subiu o nível de ameaça à segurança nacional do mais baixo para o mais elevado. "Eles são nós", disse.