“Estes atentados recordam a necessidade urgente de um apoio forte e eficaz da comunidade internacional aos esforços dos países da região para combater o terrorismo”, defendeu, em comunicado, Moussa Faki Mahamat.
Ataques a duas bases militares no centro do Mali mataram pelo menos 40 pessoas, incluindo 25 membros das Forças Armadas do Mali, segundo as autoridades locais.
Cerca de sessenta soldados continuam desaparecidos na sequência dos atentados, que ainda não foram reivindicados.
Os ataques ocorreram de forma simultânea em dois campos de militares, em Boulekessi e Mondoro, na noite de domingo para segunda-feira, e eram destinados não apenas às forças armadas malianas, mas também à força militar conjunta do G5-Sahel.
Moussa Faki Mahamat condenou “firmemente os ataques terroristas” contra as forças malianas e o batalhão da força do G5 Sahel, endereçando condolências às famílias dos soldados mortos e desejos de rápidas melhoras aos feridos.
“Renovo a inteira solidariedade da União Africana ao Governo maliano e aos países que contribuem com tropas para a força G5 Sahel.
A força conjunta G5-Sahel é composta por cerca de 5.000 militares de cinco países da região – Mali, Níger, Burkina Faso, Chade, Mauritânia – e, além da falta de material, enfrenta dificuldades financeiras, embora beneficie do apoio de França.
A missão de paz da ONU no Mali, MINUSMA, reúne cerca de 15.000 militares e polícias, cujo objetivo não passa pelo combate à luta contra grupos ‘jihadistas’.
Os ataques terroristas afectam o Mali desde 2012, na sequência de um golpe de Estado, que deixou o controlo do norte do país nas mãos de grupos rebeldes tuaregues, apoiados por células terroristas.
A acção dos ‘jihadistas’ foi muito limitada em 2013 graças a uma intervenção militar internacional liderada pela França, mas grandes áreas do Mali, especialmente no Norte e no centro, escapam ao controlo do Estado, beneficiando grupos terroristas.