Segundo o governo, o OE2026 tem como principais políticas a diversificação da economia, a consolidação da trajectória de crescimento com justiça social e o reforço do papel do Estado Social, da inclusão social e do desenvolvimento sustentável. Numa altura em que o orçamento vai estar em debate, o Expresso das Ilhas foi ouvir o ministro das Finanças.
Também em destaque está a reportagem sobre o tráfico de pessoas em Cabo Verde.
Chegou a Cabo Verde com a promessa de um trabalho, mas o que encontrou foi a exploração sexual, na turística ilha do Sal. Depois de uma denúncia, o caso chegou a julgamento, resultando na única condenação por tráfico de pessoas desde que o crime entrou na lei, em 2015. Desde então, pelo Ministério Público passaram 19 casos suspeitos: seis estão em andamento, 11 foram arquivados por falta de indícios e apenas dois foram julgados (esta condenação e uma absolvição). São dados partilhados pelo Observatório Nacional de Tráfico de Pessoas (ONTP), formalmente constituído há um ano, que reconhece que os números podem não contar todas as histórias: escondem uma realidade que ninguém consegue, a nível mundial, medir por completo. Com o seu trabalho de sensibilização, prevenção e articulação, o ONTP espera que este crime saia das sombras, num terreno onde as fronteiras do que constitui tráfico nem sempre são claras.
Mas há outra entrevista em destaque. Desta vez com Idrissa Nassa, PCA da Coris Holding.
A Coris Holding, segundo maior grupo bancário da União Económica e Monetária Oeste Africana, prepara-se para entrar no mercado cabo-verdiano através da aquisição de 59,81% do capital do Banco Comercial do Atlântico. O presidente do Conselho de Administração, Idrissa Nassa, afirma que a ambição é reforçar a posição do BCA e transformá-lo num banco mais moderno, digital, inclusivo e orientado para o financiamento da economia real.
Na capa desta edição do Expresso das Ilhas olhamos para o novo ano político.
Com as eleições legislativas de 2026 à porta, MpD e PAICV começam a organizar-se, cada um com estratégias e prioridades distintas. Durante o passado fim-de-semana, ambas as forças políticas estiveram reunidas em eventos partidários centrados na análise da situação política do país e na definição de rumos para o próximo ciclo eleitoral. Enquanto o partido no poder se concentra em consolidar ganhos e transmitir uma percepção positiva da governação, a oposição aposta na mobilização e na apresentação de soluções “para todos”, com o objectivo declarado de “resgatar” o país.
Na Economia o destaque vai para os avisos lançados pelo Relatório de Política Monetária recentemente divulgado pelo Banco de Cabo Verde que aponta para um abrandamento da economia nacional.
São razões externas, mas também internas. A economia cabo-verdiana vai crescer menos, segundo as previsões do Banco de Cabo Verde (BCV). Apesar da continuação da incerteza, o futuro parece apresentar menos nuvens.
A ler, igualmente, os artigos de opinião ‘Aqui-d’ el-rei’ escrito por Amílcar Spencer Lopes; ‘Cabo Verde na Encruzilhada Monetária: A importância do aumento das taxas de juro para a estabilidade macroeconómica’ de Gilson Pina; e ‘Heidegger e a Ontologia Fundamental’ escrito por Carlos Bellino Sacadura
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