No 18.º fim-de-semana consecutivo de manifestações contra o presidente Emmanuel Macron, várias lojas foram pilhadas e incendiadas no centro de Paris e os manifestantes confrontaram a polícia, que respondeu com gás lacrimogéneo e canhões de água.
O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, que se deslocou aos Campos Elísios, a avenida que atravessa o centro de Paris, para mostrar apoio à polícia anti-motim e aos bombeiros, prometeu “punir severamente” os radicais responsáveis pela violência “inaceitável”.
Philippe considerou que “os que desculpam ou encorajam” tais actos tornam-se “cúmplices”.
O ministro do Interior, Christophe Castaner, criticou a acção de “profissionais da desordem” e pediu ao responsável pela polícia para responder “com a maior firmeza”.
Castaner indicou que cerca de 1.500 militantes “ultra-violentos” se infiltraram entre os cerca de 10.000 que se manifestaram em Paris.
Segundo as autoridades, 14.500 pessoas manifestavam-se em toda a França às 13h00 (12h00 em Cabo Verde).
O número de manifestantes tinha vindo a diminuir nos últimos fins-de-semana e os organizadores esperavam dar hoje nova vida ao movimento.
As acções de hoje marcam também o fim de um debate nacional organizado por Macron durante dois meses para responder às preocupações dos manifestantes: diminuição do nível de vida, salários estagnados e elevado desemprego.