Nas primeiras notícias referentes ao pleito o partido anti-militar Pheu Thai ("Para os Tailandeses") declarava-se vencedor após a realização de pesquisa de boca de urna que lhe dava 153 das 500 cadeiras em disputa na Câmara dos Deputados, ficando à frente do partido pró-militar Phalang Pracharat, segundo colocado com 96 parlamentares eleitos.
Entretanto, outras notícias dão conta de que a Comissão Eleitoral da Tailândia voltou a atrasar nesta segunda-feira o anúncio dos resultados completos das eleições, isso após ter garantido que o partido antimilitar Pueu Thai lidera o número de cadeiras no parlamento.
Entretanto, notícia da agência Reuteurs dá conta que os resultados parciais mostram que o partido pró-exército pode conseguir manter-se no poder.
“Com 93% dos votos contados, a Comissão Eleitoral informou que o partido pró-militares Palang Pracharat, que está tentando manter o chefe da junta militar Prayuth Chan-ocha no poder, liderava com 7,59 milhões de votos”.
O Pheu Thai, que é associado ao ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, exilado desde o golpe militar, aparece aqui com 7,12 milhões de votos
Segundo a agência, os números são do voto popular, mas “não reflectem os assentos no Parlamento que eventualmente serão vencidos. O Pheu Thai ainda pode ganhar a maior parte deles porque sua popularidade está concentrada no norte e no nordeste do país”.
Ambos os partidos clamam que podem, com os assentos conquistados, formar governo de coligação. A vantagem porém é do Palang Pracharat já que antes das realização das eleições os militares nomearam 250 senadores que poderão agora dificultar a ambição do Pheu Thai de criar alianças para formar governo.
O resultado final do pleito deveria ser conhecido na segunda-feira (25), conforme anunciado pela Comissão Eleitoral. Porém com a oposição a acusar os militares de fraudarem as eleições e ambos os maiores partidos a clamarem vitória, poderão agora passar-se semanas até que a Comissão anuncie os resultados definitivos e a composição do parlamento seja finalmente conhecida.