"Tanto o número de pessoas afectadas [cerca de 166.000] como de mortos podem ser um pouco superiores", referiu hoje o governante em conferência de imprensa, em Pemba, após uma visita de três dias à província de Cabo Delgado.
Antes de se pronunciar, as autoridades moçambicanas já tinham aumentado hoje o número de mortes de cinco para 38.
O primeiro-ministro referiu hoje que o trabalho de levantamento de prejuízos ainda não está terminado.
"Nós precisamos de fazer um pouco mais de trabalho para chegar onde devemos chegar. Não conseguimos chegar a locais recônditos de Macomia", distrito que conta já com cerca de 90.000 pessoas afectadas e 31 das 38 mortes contabilizadas.
"Deve haver mais problemas" naquele distrito, acrescentou Carlos Agostinho do Rosário.
O primeiro-ministro lamentou também que não houvesse condições para voar até ao Ibo, ilha do arquipélago das Quirimbas com 15.000 pessoas afectadas e duas mortes confirmadas.
As estradas que dão acesso aos cais com embarcações para o Ibo continuam cortadas.
"Precisamos de compreender melhor a situação quando o tempo melhorar", referiu.
Carlos Agostinho do Rosário garantiu hoje que as autoridades têm alimentos para distribuir para mais de 168.000 mil pessoas durante os próximos 15 dias e que as maiores dificuldades são de falta de acessibilidades para os distritos mais afectados (Macomia, Quissanga e Ibo).
Apesar de haver previsões de continuação de chuvas fortes até final da semana, nos locais que tinham registado cheias repentinas no domingo, em Pemba e nas imediações, a água já havia hoje recuado, apesar de permanecerem algumas zonas alagadas.