O jornalista Kamran Yousaf, a partir de Islamabad, relatou à televisão TRT World Now que o chefe da policia da província de Baluchistão, onde ocorreu o ataque, avançou que os três homens que entraram a atirar no hotel foram mortos na troca de tiros com os policiais. Enquanto decorria o ataque começou a circular uma declaração do BLA (Exercito de Libertação do Baluchistão), considerado um grupo terrorista, a assumir a autoria do mesmo. Na declaração o grupo afirma que o ataque ao hotel deve-se ao facto de acreditarem que naquele hotel encontram-se a residir cidadãos chineses.
O BLA tem estado activo nesta região do Paquistão onde tem perpetrado ataques ao corredor comercial China-Paquistão.
Outra informação avançada pelo repórter é de que um segurança do hotel, que nos primeiros momentos do ataque tentou travar a entrada dos atiradores acabou morto por estes.
Neste ponto, não se confirma ainda que não existam outras vitimas, mortos ou feridos, mas as autoridades informaram que todos os hóspedes do hotel foram retirados do local em segurança.
O ataque ao hotel Pearl Continental, “fortemente vigiado” e localizado na turbulenta província de Baluchistão, começou às 16h45, hora local (11h45 GMT), conforme a agência de notícias espanhola EFE.
Segundo relatos de um oficial da policia a esta agência noticiosa, os homens armados começaram a disparar ainda do lado de fora do hotel e terão depois entrado e continuado a disparar tiros, que depois foram direccionados às forças de segurança que entretanto acorreram ao local.
“Baluchistão, a maior e menos populosa região do país asiático, é palco de ataques regulares de grupos secessionistas, bem como de grupos islâmicos armados ou de redes de máfias que operam em todo o país, o que torna esta região uma das mais instáveis e inseguras do Paquistão”, escreve a Lusa.
A agência noticiosa portuguesa lembra que em Abril deste ano, nesta região, um grupo de homens armados matou a tiro pelo menos 15 pessoas quando este grupo de assaltantes entrou num autocarro e disparou sobre os passageiros. Entre os mortos, na sua maioria civis, havia um oficial da armada paquistanesa e o seu guarda-costas.
O ataque não foi reivindicado, embora os separatistas do Exército de Libertação do Baluchistão tenham muitas vezes como alvo as forças de segurança.
O Paquistão tem um extenso historial de ataques armados, e muitos deles em hotéis. Em setembro de 2008, num dos piores episódios, 53 pessoas morreram em um ataque assumido pelo grupo radical Fedayeen Islam (partidários do Islão). Em Junho de 2013 outro ataque armado a um hotel, nas montanhas, resultou na morte de 9 turistas.