"As probabilidades de o Presidente Trump e do Presidente Xi Jinping se encontrem no decurso dessa cimeira são provavelmente grandes", declarou Larry Kudlow à cadeia de televisão norte-americana Fox News, adiantou a AFP.
Os negociadores chineses e americanos reuniram-se na quinta-feira e na sexta-feira, mas não houve qualquer acordo, com Washington a acusar Pequim de ter feito marcha-atrás em vários pontos discutidos ao longo de vários meses de conversações destinadas a selar um acordo comercial entre as duas principais potências económicas do mundo.
O Presidente americano aumentou a pressão, subindo na sexta-feira as taxas alfandegárias de 10% para 25% sobre importações chinesas no valor de 200 mil milhões de dólares, mesmo com a presença de uma delegação chinesa liderada pelo vice-primeiro-ministro Liu em Washington.
No total, há actualmente cerca de 250 mil milhões de dólares em produtos chineses sobretaxados pelos Estados Unidos, mas Trump já ordenou o início do processo para aplicar as mesmas taxas às restantes importações chinesas, no valor de 300 mil milhões de dólares.
"Achamos que os chineses ainda não foram longe o suficiente. Temos que esperar para ver, as negociações vão continuar. Precisamos de qualquer coisa mais clara, e, até a termos, vamos manter as tarifas aduaneiras", disse Kudlow à Fox News, acrescentando que os EUA não podem "aceitar qualquer recuo".
Adiantou ainda que não existe qualquer plano concreto ou definitivo sobre a continuação das negociações.
A China convidou o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, e o representante do Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, para uma visita a Pequim, mas não foi definida data.
Donald Trump continua a garantir que as suas relações pessoais com o homólogo chinês permanecem fortes, apesar do bloqueio nas negociações.
Os EUA exigem uma redução do seu enorme défice nas trocas comerciais com a China, de 378 mil milhões de dólares em 2018, "mudanças estruturais", como o fim da transferência forçada de tecnologia, a protecção da propriedade intelectual americana, assim como o fim das subvenções chinesas a empresas de Estado.
A cimeira do G20 decorre em 28 e 29 de Junho em Osaka, no Japão.