Os EUA dizem-se preocupados com a capacidade de espionagem a partir de equipamentos electrónicos e de 'software' de rede 5G que a empresa de telecomunicações chinesa Huawei está a disseminar em vários países europeus e já antes tinham avisado que deixariam de partilhar dados militares com os países que usem esse material.
Hoje, numa conferência de Imprensa em Berlim, ao lado do ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, Pompeo voltou a falar do relacionamento com a China e das divergências comerciais que os separam, deixando avisos aos parceiros europeus.
"Temos de mudar o nosso comportamento, porque não podemos permitir que informações de cidadãos privados dos EUA ou dados de segurança nacional cruzem redes que não consideramos confiáveis", explicou o chefe da diplomacia norte-americana.
No início do ano, Pompeo já tinha dito ao governo alemão e ao governo do Reino Unido que as Forças Armadas dos EUA deixariam de partilhar informações militares, enquanto a Huawei tivesse uma presença nas redes de telecomunicações desses dois países europeus.
Os EUA e a China atravessam uma crise diplomática centrada numa guerra comercial que dura há dois anos e que tem levado a uma escalada de sanções e de aumentos de taxas tarifárias.
Recentemente, o governo norte-americano impediu empresas norte-americanas de ceder tecnologia à empresa Huawei.