Para Hillary Clinton, que falava este sábado durante uma aparição com Madeleine Albright no Wellesley College, universidade que as duas frequentaram, o relatório do procurador-especial Robert Mueller apresenta duas "conclusões inevitáveis".
A primeira é que a Rússia promoveu uma "vasta" e "sistemática" ingerência nas eleições presidenciais de 2016, que Hillary Clinton perdeu para o candidato republicano e atual Presidente, Donald Trump, e a segunda é que ocorreu obstrução à justiça nesta investigação conduzida por Robert Mueller.
Para Hillary Clinton, não há maneira de ler o documento sem chegar a estas conclusões.
O Presidente Donald Trump tem dito repetidamente que o relatório mostra que não houve conluio entre a sua campanha e os russos para que ganhasse as eleições.
O procurador-especial norte-americano Robert Mueller falou em finais de maio publicamente pela primeira e última vez sobre a investigação da interferência russa nas eleições de 2016, dizendo que não obteve "provas suficientes" para acusar Donald Trump de obstrução de justiça.
Robert Mueller adiantou que "acusar o Presidente nunca foi uma opção", adiantando que o Departamento de Justiça entende que um Presidente em exercício não pode ser acusado judicialmente.
Referindo-se à possibilidade de a equipa de Donald Trump ter tentando impedir a investigação, Robert Mueller adiantou que se a equipa tivesse a certeza de que o Presidente não cometeu um crime teria dito isso no relatório, acrescentando que a sua equipa não obteve "provas suficientes" para determinar obstrução de justiça.
Robert Mueller e a sua equipa investigaram o caso russo desde maio de 2017, quando foi nomeado para averiguar a possibilidade de ter havido interferência russa nas eleições presidenciais do ano anterior.
No decurso da investigação, suspeições de obstrução à justiça por parte da equipa de campanha de Donald Trump levaram Mueller a proceder a uma investigação sobre essa possibilidade.