O vice-diretor da Fundação Bill & Melinda Gates, Doulaye Kone, adiantou à margem do Fórum Africano de Investimento, em Joanesburgo, que o projecto, na sua terceira fase, visa criar a partir da África do Sul oportunidades de mercado para empresas africanas no sector e ajudar governos com "soluções inovadoras".
"Trata-se de uma plataforma que vai juntar industriais locais e estrangeiros para desenvolverem e colocarem no mercado um sistema de saneamento que permita ao consumidor economizar água e ter maiores garantias de segurança em termos de higiene", salientou.
Segundo o dirigente da organização não-governamental (ONG) norte-americana, o objectivo "é lançar uma indústria" neste campo a partir da África do Sul, através da plataforma que será apresentada na quinta-feira ao mercado.
O vice-diretor da fundação acrescentou, à Lusa, que o projecto será cofinanciado pelo Governo sul-africano, através do Ministério da Ciência e Inovação, e também pela Comissão de Pesquisa Hídrica, cujo montante não foi ainda anunciado.
"O Governo sul-africano quer soluções que ajudem a reduzir não só o consumo de água como também permita o acesso de toda a população a este recurso, e que haja também abolições seguras e por isso a ideia é criar uma indústria local na perspetiva africana para se possa criar uma economia em torno de soluções seguras e acessíveis", referiu Doulaye Kone.
O projecto é parte integrante de um programa de água e saneamento que a Fundação Bill & Melinda Gates tem vindo a desenvolver com o Governo sul-africano, desde 2011, na África do Sul.