Usman Khan, de 28 anos, foi abatido a tiro pela polícia local após ter esfaqueado, durante a tarde desta sexta-feira, cinco pessoas - duas das quais, um homem e uma mulher, que acabaram por não resistir aos ferimentos - na Ponte de Londres, no centro da capital do Reino Unido.
O homem, residente em Staffordshire, West Midlands, em Inglaterra, já tinha sido condenado por terrorismo, avançou a Metropolitan Police à imprensa britânica.
De acordo com a Sky News, Khan foi sentenciado a oito anos de prisão por associação terrorista após ter sido identificado como um dos nove membros do grupo terrorista responsável pelo planeamento de um ataque à Bolsa de Valores de Londres, ataque que o MI5 e a polícia britânica conseguiram travar a tempo e que teria por detrás a Al Qaeda.
Khan também foi condenado por ter criado uma unidade de treino terrorista numa propriedade da sua família em Caxemira, um território controlado pelo Paquistão. Khan estaria simultaneamente a recrutar radicais no Reino Unido para irem treinar para o núcleo que controlava.
Apesar de ainda não ter sido confirmado pelas autoridades, suspeita-se que Khan esteja ligado ao al-Muhijaroun, um grupo extremista com dezenas de terroristas.
Khan foi detido em Fevereiro de 2012, tendo saído em Dezembro de 2018 em liberdade condicional. Segundo o The Times, que cita fontes governamentais, o radical estaria a usar uma pulseira eletrónica por beneficiar da colocação em liberdade provisória e estaria a ser monitorizado pelas autoridades desde Dezembro.
"É um erro permitir aos criminosos violentos saírem da prisão de maneira antecipada"
Khan era um dos convidados de uma conferência da Universidade de Cambridge, ontem, sobre reabilitação de reclusos em Fishmonger's Hall, um edifício na extremidade Norte da Ponte de Londres, onde o ataque começou.
Inicialmente, as autoridades pensavam que o agressor tinha consigo uma bomba, sendo que, após ter sido morto a tiro, verificou-se que o colete de explosivos que trazia era falso.
Antes do início da reunião do COBRA, o primeiro-ministro, Boris Johnson, salientou que "já há muito" que considera que "é um erro permitir aos criminosos violentos saírem da prisão de maneira antecipada".
Neste momento, a investigação ao ataque continua a ser levada a cabo pelas autoridades britânicas, que recomendam que a população evite a zona do ataque, por enquanto.