"O número de vítimas que confirmámos é de 76 mortos e 70 feridos". Pode ainda ser superior", declarou à AFP, citada pela Lusa, o director do serviço privado de ambulâncias Aamin Ambulnace, Addukadir Addirahman.
Entre os mortos há dois engenheiros de nacionalidade turca, que no momento da explosão realizavam obras na estrada que une Mogadíscio a Afgoye, e vários estudantes universitários que se encontravam dentro de um miniautocarro a atravessar o cruzamento.
O atentado ocorreu às 08:00 locais (04:00 na Praia), quando um presumível suicida fez rebentar o veículo perto de uma repartição de impostos, num posto de controlo em cujos arredores havia carros patrulha, estudantes e vendedores.
Até ao momento, nenhum grupo terrorista reivindicou a autoria do sucedido, apesar de o grupo jihadista Al Shabad se ter manifestado contra a construção desta estrada.
Mogadíscio sofre frequentemente atentados do Al Shabad, organização terrorista que se filiou em 2012 na rede internacional Al Qaeda e que controla parte do centro e sul da Somália, onde aspira a instaurar um Estado islâmico de cariz wahabi (ultraconservador).
A Somália vive em estado de conflito e caos desde 1991, quando foi derrubado o ditador Mohamed Siad Barré, o que deixou o país sem governo efetivo e nas mãos de milícias islamitas e senhores da guerra.