De acordo com o Ministério da Saúde, a taxa de letalidade da doença no Brasil está fixada em 5,5%, sendo que o total de mortes mais do que duplicou desde o domingo passado, quando o país contabilizava 486 vítimas mortais.
A nível estadual, São Paulo continua a ser o estado brasileiro com maior número de casos confirmados, 588 mortos e 8.755 pessoas infectadas, seguindo-se o Rio de Janeiro, com 170 vítimas mortais e 2.855 casos confirmados. A terceira unidade federativa com mais casos é o Ceará, que teve, até ao momento, 74 óbitos e 1.676 casos de infecção.
No lado oposto, Tocantins, localizado na região Norte do país, é o único estado sem registo de vítimas mortais e também o estado com menos infectados (25 casos confirmados). As restantes 26 das 27 unidades possuem óbitos associados à infecção pelo novo coronavírus.
A região Sudeste, que engloba São Paulo e Rio de Janeiro, concentra o maior número de casos confirmados até ao momento, com 12.799 casos confirmados. Já o Centro-Oeste brasileiro é a região menos atingida, com 1.067 infectados.
A região Norte, que nas últimas semanas vinha sendo a área menos afectada, viu os seus números dispararem, com o estado do Amazonas a estar no centro das preocupações do Ministério da Saúde. Face ao seu deficitário sistema de Saúde, a tutela anunciou este domingo que Manaus, capital do Amazonas, irá receber um reforço de profissionais de saúde para combater a pandemia da COVID-19, causada pelo novo coronavírus.
"A capital do Amazonas vive um cenário com muitas pessoas a necessitar de hospitalização e com a capacidade de atendimento hospitalar próximo ao limite. A medida será tomada a partir de segunda-feira", indicou em comunicado o executivo brasileiro.
A iniciativa vai ampliar a capacidade de atendimento da cidade aos casos de coronavírus, em conjunto com as demais acções necessárias para evitar o colapso da rede de saúde local, como o "distanciamento social e etiqueta respiratória", que diz respeito à forma adequada de conter a disseminação de secreções respiratórias.
"São profissionais com muita bagagem, que actuam há muitos anos em vários outros hospitais do Brasil, que vão nos ajudar. São médicos vindo de regiões onde o atendimento ainda está tranquilo, para auxiliar onde mais precisamos no momento", destacou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Jõao Gabbardo.
O Ministério da Saúde informou na noite de sábado que morreram mais dois indígenas por causa do novo coronavírus: uma indígena Kokama, e um indígena da etnia Tikuna, de 78 anos, ambos internados em Manaus.
Na noite de quinta-feira, o governo regional do estado de Roraima já tinha confirmado a morte de um indígena brasileiro da etnia Yanomami, de 15 anos, que estava infectado pelo novo coronavírus.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, já provocou mais de 112 mil mortos e infectou mais de 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Dos casos de infecção, quase 375 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Os Estados Unidos são o país que regista o maior número de mortes, contabilizando 21.489 até hoje, e aquele que tem mais infectados, com cerca de 546 mil casos confirmados.
O continente europeu, com mais de 932 mil infectados e 77 mil mortos, é o que regista o maior número de casos, e a Itália é o segundo país do mundo com mais vítimas mortais, contando 19.899 óbitos e mais de 156 mil casos confirmados.