De acordo com o seu 'site', nestes exercícios, os mísseis tinham como alvo "navios de guerra inimigos e destruíram-nos a 1.800 quilómetros" de distância.
Os exercícios, que começaram na sexta-feira e terminam hoje, decorreram no centro do Irão com alvos localizados no "norte do Oceano Índico", disseram os Guardas da Revolução.
Um vídeo transmitido pela televisão pública mostra o lançamento de dois mísseis e alvos a serem atingidos no mar.
O general Mohammad Bagheri, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Iranianas, esteve presente no segundo dia de exercícios, assim como o chefe dos Guardas da Revolução, o general Hossein Salami, e o chefe do ramo aeroespacial do mesmo exército, Amirali Hajizadeh.
"Um de nossos principais objetivos com as nossas políticas e estratégias de defesa é sermos capazes de atingir navios inimigos, incluindo porta-aviões e navios de guerra, usando mísseis balísticos de longo alcance", disse o general Hossein Salami, citado pelo Sepahnews.
"Se os inimigos (...) mostrarem más intenções contra os nossos interesses nacionais, as rotas marítimas ou terrestres, serão alvejados e destruídos", afirmou o general Mohammad Bagheri.
"Não pretendemos realizar nenhum ataque", acrescentou, sublinhando que os exercícios militares demostraram que o Irão está pronto para se defender "com todas as suas forças" contra qualquer agressor.
De acordo com os Guardas, os exercícios militares apelidados de "Grande Profeta 15" apresentam uma "nova geração" de mísseis balísticos superfície-superfície.
Na sexta-feira, os exercícios incluíram um ataque de 'drones' a um sistema de defesa antimísseis, seguido pelo lançamento de "uma enxurrada de mísseis balísticos do tipo Zolfaghar, Zelzal e Dezful", relata o Sepahnews.
Estes exercícios ocorrem após uma manobra de dois dias da Marinha iraniana no Golfo de Omã, ainda esta semana, e após outro exercício de 'drone' de 48 horas conduzido pelo exército, em 05 de janeiro.
Este último foi conduzido dois dias depois do primeiro aniversário da morte do general iraniano Qassem Soleimani, morto num ataque de 'drone' norte-americano no Iraque, pelo qual Teerão havia prometido vingança.
Todos estes exercícios militares decorrem num contexto de tensão com os Estados Unidos, com a administração de Donald Trump, que lidera uma política de "pressão máxima" contra Teerão, a cumprir os últimos dias antes da tomada de posse do presidente eleito, Joe Biden, que se muda para a Casa Branca na quarta-feira.