Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou, esta terça-feira, o uso de emergência da vacina chinesa CoronaVac contra a Covid-19, do laboratório Sinovac.
De acordo com o comité de especialistas em vacinas da OMS, esta vacina de duas doses é recomendada para pessoas maiores de 18 anos e deve ser administrada com um intervalo entre duas e quatro semanas.
Segundo a organização, a eficácia da CoronaVac para prevenir os casos sintomáticos de Covid-19 é de 57%, mas tem uma eficácia de 100% para evitar casos graves e hospitalizações. Não foi ainda avaliada a eficácia desta vacina em maiores de 60 anos.
"O mundo precisa desesperadamente de várias vacinas anti-Covid-19 para enfrentar as enormes desigualdades em todo o planeta", disse Mariângela Simão, subdirectora-geral da OMS encarregada do acesso aos medicamentos e produtos de saúde.
Este é o segundo fármaco chinês aprovado pela OMS, sendo já usado em 22 países e territórios. Além da China, está a ser usada, entre outros, no Brasil, Tunísia, Chile, Indonésia, México, Tailândia e Turquia.
A partir de agora, a CoronaVac também poderá ser usada pelo dispositivo internacional Covax, principalmente em países desfavorecidos. A OMS destacou que este produto "é fácil de armazenar, o que facilita a sua administração e faz com que esteja especialmente adaptado aos países com poucos recursos".
A 7 de Maio, a OMS aprovou a vacina da Sinopharm, fabricada em Pequim. A organização também aprovou o uso das vacinas da Moderna, da Pfizer/BioNTech, as duas da AstraZeneca fabricadas na Índia e na Coreia do Sul e a da Johnson & Johnson, chamada "Janssen".