Estados devem aumentar orçamento para fazer da CPLP uma "grande organização"

PorExpresso das Ilhas, Lusa,14 jul 2021 9:58

O antigo ministro das Relações Exteriores de Angola Georges Chikoti defendeu, em declarações à Lusa, que os Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) devem aumentar o orçamento para construir "uma grande organização".

O agora secretário-geral da Organização dos Estados da África, Caraíbas e Pacífico (ACP) considerou também que deve haver uma reflexão sobre o mandato do secretário executivo.

Georges Chikoti fez estas curtas declarações à Lusa, em Lisboa, a propósito do 25.º aniversário da CPLP, que se celebra no próximo dia 17 de Julho, segundo e último dia da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da organização, que este ano se realiza em Angola, país que assumirá a partir daquela data a presidência da comunidade.

"A CPLP é uma organização muito importante e é bom que isso se mantenha no centro das preocupações dos chefes de Estado, para fazer dela uma grande organização", afirmou quando faltavam poucos dias para a realização da Cimeira.

"Provavelmente, é possível que se aumente a sua dimensão de acção, provavelmente é possível que se aumentem as suas contribuições, para que o orçamento da CPLP possa ser maior", sublinhou.

O antigo ministro das Relações Exteriores de Angola falou dos desafios de hoje, que no seu entender "podem ser muito maiores agora, sobretudo nesta era da pandemia, que estamos a viver".

A reconfiguração da CPLP "depende muito mais da vontade dos Estados-membros. Só eles é que podem dimensionar ou redimensionar a organização", salientou.

"Se se olhar para a organização é importante que se continue a reflectir neste sentido para a fazer chegar ao tamanho que ela merece", explicou.

Na opinião do antigo ministro angolano, os Chefes de Estado também devem reflectir sobre o mandato do secretário executivo, que hoje é de dois anos, podendo ser prolongado por mais dois, se os Estados assim o entenderem, de acordo com os estatutos da organização.

Quando a CPLP comemorou 20 anos, ou seja, em 2016, o então ministro das Relações Exteriores de Angola admitiu a necessidade de reestruturação da organização e defendeu a clarificação de regras de sucessão do secretário executivo.

Angola assumirá oficialmente a presidência rotativa da CPLP durante a cimeira, sucedendo a Cabo Verde, que teve o seu mandato prolongado por mais um ano, a pedido do governo angolano devido à pandemia de covid-19.

O lema da presidência de Angola é "Construir e fortalecer um Futuro Comum e Sustentável".

Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os nove Estados-membros da CPLP.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,14 jul 2021 9:58

Editado porAndre Amaral  em  27 abr 2022 23:20

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