"Esperamos mobilizar 8 mil milhões de dólares que se juntam aos mil milhões de dólares [840 milhões de euros] já disponibilizados para alavancar o financiamento de outras instituições multilaterais de desenvolvimento, agências de crédito às exportações, bancos comerciais e doadores", disse o banco em resposta a questões da agência de informação financeira Bloomberg.
O objectivo é compensar os países que fomentem as trocas intrarregionais descendo as tarifas alfandegárias, o que terá um impacto na receita orçamental, que se torna particularmente importante num contexto de pandemia, em que as finanças públicas da generalidade dos países africanos estão sobrecarregadas.
O maior acordo de livre comércio pretende aumentar as trocas comerciais na região através da diminuição ou eliminação das tarifas alfandegárias em 90% dos bens, facilitando o movimento de pessoas e de capital, promovendo o investimento e lançando as bases de uma união alfandegária.
As trocas no continente valem 350 mil milhões de dólares (296 mil milhões de euros) anualmente, e deverão crescer 50% durante a próxima década, de acordo com as previsões do Centro Africano de Política Comercial, que funciona na Comissão Económica das Nações Unidas para África.
A Zona de Comércio Livre Continental Africana entrou em vigor em 1 de Janeiro, tendo o respectivo acordo sido assinado em 2018 por 54 das 55 nações da União Africana (UA).