O anúncio do vencedor do Prémio Sakharov 2021 foi feito, esta quarta-feira, em Estrasburgo. O russo Alexei Navalny, político da oposição e ativista anticorrupção da Rússia, foi nomeado pelos grupos políticos PPE e Renovar a Europa devido à sua coragem na luta pela liberdade, democracia e direitos humanos.
A vice-presidente do hemiciclo Heidi Hautala disse, no anúncio do vencedor que "o galardão é, este ano, atribuído a um defensor da mudança", apelando ainda à libertação imediata de Navalny, que "demonstrou grande coragem nas suas tentativas de restaurar a liberdade de escolha do povo russo durante muitos anos, lutou pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais no seu país e isso custou-lhe a sua liberdade e quase a sua vida".
Na 'corrida' estavam também, recorde-se, além do agora premiado rosto da oposição russa, um conjunto de mulheres afegãs, e a ex-presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez.
A eurodeputada Heidi Hautala fez questão de afirmar que "o Parlamento Europeu homenageia também um grupo de mulheres afegãs que lutaram ferozmente pela igualdade e pelos direitos humanos no seu país".
"Queremos honrar a bravura destas mulheres, pois estão entre as primeiras a sofrer violações dos seus direitos e liberdades mais básicos depois de os talibãs terem tomado o controlo do Afeganistão", acrescentou Hautala, que substituiu o presidente do Parlamento Europeu, ausente por motivo de doença.
Mas, através do Twitter, o italiano David Sassoli fez questão de parabenizar Navalny, destacando que este "lutou incansavelmente contra a corrupção do regime de Vladimir Putin. Isso custou-lhe a sua liberdade e quase a sua vida".
"O prémio de hoje reconhece sua imensa bravura e reiteramos o nosso apelo para sua libertação imediata", conclui Sassoli.