Japão junta-se ao Ocidente nas sanções envolvendo o sistema SWIFT

PorExpresso das Ilhas, Lusa,27 fev 2022 13:11

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O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, anunciou hoje que o seu país irá juntar-se aos países ocidentais para excluir alguns bancos russos do sistema internacional de pagamentos SWIFT, essencial para os fluxos financeiros mundiais.

Segundo o governante japonês, os países ocidentais anunciaram as medidas "para isolar a Rússia do sistema financeiro internacional e da economia mundial, nomeadamente a exclusão de certos bancos russos do SWIFT".

"Pediram ao Japão para participar. O Japão juntar-se-á a essa iniciativa", anunciou hoje Fumio Kishida, citado pela agência France-Presse (AFP).

A União Europeia, os Estados Unidos da América e o Reino Unido acordaram no sábado bloquear o sistema internacional de comunicações bancárias SWIFT a alguns bancos russos, como retaliação à invasão da Ucrânia.

A medida foi anunciada em Bruxelas conjuntamente como parte de um novo pacote de sanções financeiras destinadas a “responsabilizar a Rússia e a garantir colectivamente que esta guerra seja um fracasso estratégico para [o Presidente russo] Putin”.

O sistema financeiro SWIFT ('Society for Worldwide Interbank Financial Communications') movimenta diariamente milhares de milhões de dólares em mais de 11.000 bancos e outras instituições financeiras em todo o mundo.

Com sede em Bruxelas, a Sociedade para a Telecomunicação Financeira Interbancária Global (Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication – SWIFT), foi criada em 1973, juntando 239 bancos de 15 países, e evoluiu para “uma infraestrutura financeira global que está presente em todos os continentes, em mais de 200 países e territórios, e serve mais de 11 mil instituições em todo o mundo”, segundo a informação oficial, e é encarada como o garante de pagamento de todas as trocas feitas entre empresas e países a nível internacional.

Ao anunciar as medidas em Bruxelas, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que vai pressionar os Estados-membros também a "paralisar os activos do Banco Central da Rússia" para que as suas transacções sejam congeladas.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram cerca de 200 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia. 

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,27 fev 2022 13:11

Editado porDulcina Mendes  em  28 fev 2022 8:52

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