Outras erupções são possíveis, o que poderá desencadear fluxos vulcânicos perigosos e rápidos de gás, cinzas e detritos, bem como um tsunami, alertou o Instituto, no mesmo comunicado.
A agência sismológica recomendou “fortemente a retirada” dos residentes de comunidades vulneráveis em redor do lago, e elevou o nível de alerta de dois para três. O Taal situa-se numa pequena ilha formada no interior de um lago.
A erupção inicial foi seguida de “actividade freatomagmática quase contínua”, com colunas de cinzas e vapor de água de 1.500 metros de altura.
Uma erupção freatomagmática ocorre quando rocha derretida entra em contacto com água subterrânea ou superficial, disse uma cientista da agência, comparando este tipo de erupção com o que acontece quando se deita “água num fogão quente”.
Princess Cosalan acrescentou que as emissões de cinza e vapor tinham diminuído algumas horas depois da erupção inicial, mas indicou que os sensores do instituto, no local, continuavam a detectar tremores vulcânicos, sendo “possível ocorrer outra erupção”.
“Há uma intrusão de magma na cratera principal que pode promover erupções sucessivas”, avisou a agência.
Os residentes de cinco aldeias receberam ordens para abandonar as casas, disse o porta-voz da defesa civil regional, Kelvin John Reyes.
Mais de 12 mil pessoas vivem nestas aldeias, de acordo com os últimos dados oficiais disponíveis.
A polícia foi já destacada para impedir a entrada de pessoas nas áreas de alto risco.
Taal é um dos vulcões mais activos do país, localizado no chamado “Anel de Fogo” do Pacífico, uma área de intensa actividade sísmica e vulcânica.
O acesso à ilha vulcânica, outrora lar de vários milhares de pessoas, foi proibido em Janeiro de 2020, quando uma erupção lançou cinzas, a 15 quilómetros de altura, e lava incandescente sobre dezenas de casas, matando gado, e obrigou a deslocar dezenas de milhares de pessoas.