Ataques extremistas no Burquina Faso fazem seis mortos em dois dias

PorExpresso das Ilhas, Lusa,2 jun 2022 14:40

Dois soldados do Burquina Faso e quatro combatentes civis que apoiam o exército foram mortos desde quarta-feira em dois ataques de supostos extremistas islâmicos no norte e noroeste do Burkina Faso, anunciou o Estado-Maior das Forças Armadas.

Esta quinta-feira, as forças de defesa e de segurança da aldeia de Djibo", na província de Soum (norte), "frustraram uma tentativa de pilhagem de várias lojas, planeada por um grupo de homens armados", anunciou o Estado-Maior em comunicado.

Segundo as forças armadas, "os assaltantes dispararam obuses simultaneamente sobre a base do pelotão de segurança e de intervenção da guarda e sobre o 14.º regimento interarmas, enquanto outros tentavam tomar de assalto as lojas".

"Os obuses disparados causaram infelizmente a morte de um militar e de quatro voluntários para a defesa da pátria", civis que combatem ao lado dos soldados, precisou o exército, que registou ainda "oito militares feridos".

O exército acrescenta que "pelo menos" sete assaltantes foram mortos.

"A situação está atualmente sob controlo e prosseguem ações de manutenção da segurança", lê-se no comunicado.

Segundo as forças armadas, que recentemente garantiram um comboio de abastecimento em benefício dos comerciantes na cidade de Djibo, "este incidente mostra um desejo claro dos grupos terroristas da área, sem fôlego, de se abastecerem de alimentos e produtos essenciais".

Na mesma nota, o exército diz que na quarta-feira, na província de Sourou (noroeste), "uma unidade em missão de reconhecimento ofensivo teve um confronto com um grupo de terroristas a alguns quilómetros de Gomboro", durante o qual foi morto um militar.

Ao homenagear as vítimas, o chefe do Estado-Maior, coronel David Kabré, exortou "o conjunto das unidades a manter a pressão sobre os grupos armados que mostram cada vez mais sinais de fraqueza".

O Burkina Faso, em particular o norte e o leste do país, é alvo desde 2015 de ataques 'jihadistas' perpetrados por movimentos filiados à Al-Qaida e ao grupo extremista Estado Islâmico, que fizeram mais de 2.000 mortos e 1,8 milhões de deslocados.

O novo líder do país, tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, que em janeiro derrubou o presidente Roch Marc Christian Kaboré, acusado de ineficácia face à violência extremista, fez da segurança a sua prioridade.

Após uma relativa acalmia após o golpe de Estado, Damiba enfrenta agora uma recrudescência dos ataques, que desde meados de março já fizeram mais de 200 mortos, civis e militares.

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Burkina Faso

Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,2 jun 2022 14:40

Editado porAndre Amaral  em  3 jun 2022 8:17

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